terça-feira, 23 de junho de 2020

Filosofia- Profª Ana Maria

ESCOLA: E. E. PROF JOÃO PEDRO DO NASCIMENTO
DISCIPLINA:   Filosofia
SÉRIE:  2ª Série EM
PROFESSOR:    Ana Maria 
CONTEÚDO:   Pensamento filosófico e filosofar
HORAS/AULA:  02 aulas
PERÍODO: DATA DE ENVIO: 25/05/2020
DATA DE ENTREGA: 08/06/2020



Objetivo da Aula - Desenvolver habilidade de leitura, escrita e planejamento investigativo para autonomia intelectual


VAMOS MERGULHAR?

Chegou a hora de mergulha no pensamento filosófico e filosofar. Vamos ler um texto que foi escrito por algum filósofo e tentar pensar com o pensamento dele.      



Para isso,siga as orientações da atividade e lembre-se de 
 SEMPRE REGISTRAR 

Para a nossa experiência de “mergulho” ser fantástica, precisamos nos preparar. Antes de imergir o mergulhador separa os equipamentos e se paramenta. 
Assim também nós faremos. Antes do mergulho no pensamento do filósofo (por meio de seus escritos), vamos nos preparar. Como? Ora, pesquisando um pouco sobre ele, sua produção, seu estilo de vida, e buscando em nossa memória experiências próximas à que o filósofo viveu ou pensou.  
Você já ouviu falar do filósofo Platão? O que conhece sobre ele?

Faça uma breve pesquisa sobre sua vida e o que pensou/escreveu (registre tudo em seu caderno).

Se você pudesse ficar invisível, o fato de não ser visto por ninguém alteraria a forma como você age? Explique.
 Se você se preparou, então estamos prontos para mergulhar no pensamento do filósofo. Vamos ler um excerto de Platão, de uma de suas principais obras: A República. 

Para isso, é importante você anotar as palavras ou expressões que não conhece (para buscar o seu significado) e encontrar o conceito principal do texto, lembrando de fazer todos os seus registros no caderno. 

O Anel de Giges

Esta é uma alegoria narrada por Platão no Livro II de “A República”.
“Giges era um pastor que servia em casa do que era então soberano da Lídia. Devido a uma grande tempestade e tremor de terra, rasgou-se o solo e abriuse uma fenda no local onde ele apascentava o rebanho. Admirado ao ver tal coisa, desceu por lá e contemplou, entre outras maravilhas que para aí fantasiam, um cavalo de bronze, oco, com umas aberturas, espreitando através das quais viu lá dentro um cadáver, aparentemente maior do que um homem, e que não tinha mais nada senão um anel de ouro na mão. Arrancou-lho e saiu. Ora, como os pastores se tivessem reunido, da maneira habitual, a fim de comunicarem ao rei, todos os meses, o que dizia respeito aos rebanhos, Giges foi lá também, com o seu anel. Estando ele, pois, sentado meio dos outros, deu por acaso uma volta ao engaste do anel para dentro, em direção à parte interna da mão, e, ao fazer isso, tornou-se invisível para os que estavam ao lado, os quais falavam dele como se tivesse ido embora. Admirado, passou de novo a mão pelo anel e virou para fora o engaste. Assim que o fez, tornou-se visível. Tendo observado estes fatos, experimentou, a ver se o anel tinha aquele poder, e verificou que, se voltasse o engaste para dentro, se tornava invisível; se o voltasse para fora, ficava visível. Assim senhor de si, logo fez com que fosse um dos delegados que iam junto ao rei. Uma vez lá chegado, seduziu a mulher do soberano, e com o auxílio dela, atacou-o e matou-o, e assim se tomou o poder.”

                                                           Platão - A República Livro II


Esta aí um bom teste para nossas virtudes. O que faríamos nós se achássemos esse anel? A resposta a esta questão revela muito sobre nós mesmos.
No caso do texto, o primeiro fato é que Giges saqueia o túmulo. Depois, o poder o corrompe, ou traz à tona seu lado corrompido e podre.
Na questão de saquear e roubar, quem pode dizer que nunca fez? Cometemos este delito quando pegamos um papel, um lápis ou uma caneta do trabalho sem pedir a ninguém, quando podemos fazer algo bem feito e fazemos de qualquer forma.
Criticamos governo, patrões, etc, mas são eles apenas reflexos de nós mesmos, de tal maneira que é só uma questão de oportunidade e de proporção. Como contribuintes nós sonegamos, como governantes desviamos a verba arrecadada. Como funcionários fazemos corpo mole, não valorizamos o emprego, e como patrões não valorizamos os empregados.
Platão diz no final do livro que devemos ser justos, com anel ou sem anel, o que parece claro.


Sobre o texto 

1.  O que você sentiu ao ler o texto de Platão? Qual sensação veio à tona? Por que você acha que sentiu isso? 

2.  Em qual século foi escrito o texto? 

3.  Enquanto lia o texto, me veio à mente um filme: O senhor dos anéis. E você, lembrou de algum filme, vídeo, história etc.? 

4.  A partir desta história, Platão afirma a ideia de que “é melhor sofrer uma injustiça do que cometê-la”. Comente tal afirmação, colocando sua opinião a respeito. 

  

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