ESCOLA: E. E. PROF JOÃO PEDRO DO NASCIMENTO
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DISCIPLINA: Filosofia
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SÉRIE: 2ª Série EM
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PROFESSOR: Ana
Maria
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CONTEÚDO: Pensamento filosófico e
filosofar
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HORAS/AULA: 02 aulas
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PERÍODO: DATA DE ENVIO: 25/05/2020
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DATA DE ENTREGA: 08/06/2020
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Objetivo da Aula - Desenvolver
habilidade de leitura, escrita e planejamento investigativo para autonomia
intelectual
VAMOS
MERGULHAR?
Para isso, siga as orientações da atividade e lembre-se de
SEMPRE REGISTRAR
Para a nossa experiência de “mergulho” ser fantástica,
precisamos nos preparar. Antes de imergir o mergulhador separa os equipamentos
e se paramenta.
Assim também nós faremos. Antes do mergulho no pensamento
do filósofo (por meio de seus escritos), vamos nos preparar. Como? Ora,
pesquisando um pouco sobre ele, sua produção, seu estilo de vida, e buscando em
nossa memória experiências próximas à que o filósofo viveu ou pensou.
Você
já ouviu falar do filósofo Platão? O que conhece sobre ele?
Faça
uma breve pesquisa sobre sua vida e o que pensou/escreveu (registre tudo em seu
caderno).
Se você pudesse ficar
invisível, o fato de não ser visto por ninguém alteraria a forma como você age?
Explique.
Se
você se preparou, então estamos prontos para mergulhar no pensamento do
filósofo. Vamos ler um excerto de Platão, de uma de suas principais obras: A
República.
Para isso, é importante você anotar as
palavras ou expressões que não conhece (para buscar o seu significado) e
encontrar o conceito principal do texto, lembrando de fazer todos os seus
registros no caderno.
O Anel de Giges
Esta é uma alegoria narrada por
Platão no Livro II de “A República”.
“Giges era um pastor que servia
em casa do que era então soberano da Lídia. Devido a uma grande tempestade e
tremor de terra, rasgou-se o solo e abriuse uma fenda no local onde ele
apascentava o rebanho. Admirado ao ver tal coisa, desceu por lá e contemplou,
entre outras maravilhas que para aí fantasiam, um cavalo de bronze, oco, com
umas aberturas, espreitando através das quais viu lá dentro um cadáver,
aparentemente maior do que um homem, e que não tinha mais nada senão um anel de
ouro na mão. Arrancou-lho e saiu. Ora, como os pastores se tivessem reunido, da
maneira habitual, a fim de comunicarem ao rei, todos os meses, o que dizia
respeito aos rebanhos, Giges foi lá também, com o seu anel. Estando ele, pois,
sentado meio dos outros, deu por acaso uma volta ao engaste do anel para
dentro, em direção à parte interna da mão, e, ao fazer isso, tornou-se
invisível para os que estavam ao lado, os quais falavam dele como se tivesse
ido embora. Admirado, passou de novo a mão pelo anel e virou para fora o
engaste. Assim que o fez, tornou-se visível. Tendo observado estes fatos,
experimentou, a ver se o anel tinha aquele poder, e verificou que, se voltasse
o engaste para dentro, se tornava invisível; se o voltasse para fora, ficava
visível. Assim senhor de si, logo fez com que fosse um dos delegados que iam junto
ao rei. Uma vez lá chegado, seduziu a mulher do soberano, e com o auxílio dela,
atacou-o e matou-o, e assim se tomou o poder.”
Platão - A República Livro II
Esta aí um bom teste para nossas
virtudes. O que faríamos nós se achássemos esse anel? A resposta a esta questão
revela muito sobre nós mesmos.
No caso do texto, o primeiro fato
é que Giges saqueia o túmulo. Depois, o poder o corrompe, ou traz à tona seu lado
corrompido e podre.
Na questão de saquear e roubar,
quem pode dizer que nunca fez? Cometemos este delito quando pegamos um papel,
um lápis ou uma caneta do trabalho sem pedir a ninguém, quando podemos fazer
algo bem feito e fazemos de qualquer forma.
Criticamos governo, patrões, etc,
mas são eles apenas reflexos de nós mesmos, de tal maneira que é só uma questão
de oportunidade e de proporção. Como contribuintes nós sonegamos, como
governantes desviamos a verba arrecadada. Como funcionários fazemos corpo mole,
não valorizamos o emprego, e como patrões não valorizamos os empregados.
Platão diz no final do livro que
devemos ser justos, com anel ou sem anel, o que parece claro.
Sobre
o texto
1. O
que você sentiu ao ler o texto de Platão? Qual sensação veio à tona? Por que
você acha que sentiu isso?
2. Em
qual século foi escrito o texto?
3. Enquanto
lia o texto, me veio à mente um filme: O senhor dos anéis. E você, lembrou de
algum filme, vídeo, história etc.?
4. A
partir desta história, Platão afirma a ideia de que “é melhor sofrer uma
injustiça do que cometê-la”. Comente tal afirmação, colocando sua opinião a
respeito.
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